domingo, 2 de janeiro de 2011

aluga-se - obras





                  

Texto conceitual:

Processo 1: mapa afetivo - antropologia da memória
Queria lembrar a cidade da minha infância desenhando um mapa. Por mais que minha formação como arquiteta tenha me ajudado, eu só consegui executar o desenho do mapa através de fragmentos da memória, lembranças do passado misturadas às lembranças de sonhos (presente) formando um mosaico parcial da cidade.
O que para mim é o reencontro, o reconhecimento, é ao mesmo tempo um paradoxo – a cidade é um complexo de vazios e cheios, lembranças e não lembranças, sons e silêncios, surgindo como um gracejo misturando o real e o irreal, a realidade e a imaginação, para no final criar uma cidade autêntica.

O início de todo o processo foi a lembrança de três elementos que me marcaram profundamente e que sonho até hoje: o Rio, a Casa azul e a Árvore.
A Casa, como diz Gastón Bachelard: “ o ser abrigado vive a casa em sua realidade e em sua virtualidade, através do pensamento e dos sonhos” . A Árvore que existia na casa, uma acácia amarela que se tornou um personagem para a cidade e minha família, é a raiz, a memória. E o terceiro elemento, o Rio, que eu vejo como a passagem do tempo, o caminho a percorrer.





mapa afetivo: desenho nanquim e lapiz de cor sobre papel arroz
no suporte de madeira reciclada
tamanhos variáveis : 25 x 33 e 25 x 80


árvore central: desenho a lapiz sobre papel arroz : 04 desenhos 80 x 90 formando uma imagem caleidoscópica de 180 x 160 - papel arroz sobre parede
árvores lateral direita: desenho a lapiz sobre papel arroz : 03 desenhos miniaturas - papel arroz sobre parede
árvores lateral esquerda: desenho a lapiz sobre papel arroz e posteriormente faço uma montagem de repetição no papel arroz - colada sobre madeira balsa 12  imagens 15 x 10
                    

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